Carcinoma basocelular
O carcinoma basocelular (CBC) é o mais benigno entre os tumores malignos da pele. É originado a partir de células epiteliais imaturas pluripotentes, que perdem sua capacidade de diferenciação e queratinização normais pela interferência de vários fatores, como a ação crônica dos raios ultravioleta (UVB). É, portanto, um tumor capaz de originar-se de diversas partes do aparelho folicular, e não apenas se células basais da epiderme. Possui malignidade local, podendo invadir e destruir tecidos adjacentes, inclusive os ossos, raramente origina metástases (0,0028%). É a mais frequente das neoplasias epiteliais, com 65% do total. Ocorre geralmente em indivíduos acima dos 40 anos, sendo fatores predisponentes exposição às radiações solares e pele clara. É extremamente raro na raça negra, pouco comum, em chineses e japoneses, sendo muito mais frequente em caucasianos. Pode também ser causado por irradiações radioterápicas e absorção de compostos de arsênico. A radiação ultravioleta é capaz de alterar o DNA e seu sistema de reparação, sendo que a UVB (280 a 320nm) é mais carcinogênica que a UVA (320 a 400nm). A deleção da camada de ozônio resulta em maiores níveis de UVB na superfície terrestre. Patologicamente, o tumor é composto de ilhotas de células, que lembram as da camada basal epidérmica e das estruturas anexais. O CBC cresce por extensão direta, e requer um estroma circundante que suporte o seu crescimento. Isso pode explicar o fato de que as células neoplásicas dificilmente matastatizam por via sanguínea ou linfática.
Manifestações Clínicas
O CBC pode se manifestar de diversas formas, mas em sua apresentação mais típica é o chamado epitelioma basocelular nódulo-ulcerativo. Inicia-se como pequena lesão consistente, de cor rósea ou translúcida e aspecto "perolado", liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na superfície e que cresce progressiva e lentamente a nódulo, com posterior ulceração central, recoberta por crosta