Características gerais da filosofia indiana
A Filosofia Indiana, assume características diferentes da Filosofia Ocidental. Assim o pensamento especulativo Ocidental, diverge da filosofia Oriental- A filosofia indiana possui características próprias; ela não se assemelha à moderna filosofia ocidental dominada pela especulação intelectual e pela preocupação informativa. Encontra-se mais próxima dos filósofos da antiguidade (Pitágoras, Platão, Aristóteles, Plotino, etc...) ocidente (os diversos ramos da filosofia, psicologia, sociologia, fisiologia, física, etc...). Ela fornece a base fundamental para os estudos especializados e a orientação da vida. Sua preocupação fundamental é a transformação do ser; disto decorre a existência de dois aspectos complementares entre si - o teórico e o prático. Isso não quer dizer que a filosofia ocidental não esteja na busca permanente da verdade última, mas, como diz Reale (Miguel Reale, Introdução à Filosofia, 1988), "trata-se, porém, mais de uma inclinação ou orientação perene para a verdade última que a posse da verdade plena". A filosofia Indiana, persegue, ao contrário, a posse desta verdade; portanto a finalidade essencial de sua pesquisa não pode ser meramente especulativa, como ocorre no ocidente. A conversão do pensamento em acção com vistas à libertação do indivíduo informa a meta do filosofar, por isto, enquanto a filosofia, no ocidente, se limita a enriquecer com os dados que lhe vão sendo fornecidos pelas ciências, reformulando suas concepções. Na Índia as experiências são realizadas no próprio ser, sobretudo pela prática do Yoga, testando-se ao vivo as assertivas tradicionais e conduzindo o homem, através desta singular experimentação, a uma maior compreensão de sua origem e destino. Como escreve Tigunait (Pandit Rajmani Tigunati - Seven Systems of Indian Philosophy, 1983), "conhecimento teórico que não tem aplicação na vida diária não é de modo algum filosofia, mas, apenas, mera especulação metafísica". Os sistemas