Características do Arcadismo
- Oposição ao barroco – Proposta de linguagem simples, de frases na ordem direta e de palavreado de uso popular, ou seja, o contrário das pregações do seiscentismo.
- Versos brancos – Ao contrário do Barroco, o poeta árcade pode usar o verso branco (sem rima), numa atitude que simboliza liberdade na criação. No Brasil, Basílio da Gama foi o mais ousado: compôs o livro O Uruguai (poema épico) sem fazer uso da rima.
-A Poesia como imitação da natureza – Os árcades copiavam os modelos clássicos antigos ou renascentistas, numa flagrante falta de originalidade. O poeta buscava, na natureza, os modelos de beleza, bondade e perfeição. Falta, pois, ao árcade a capacidade de inventar, comum nos poetas do Barroco, do Romantismo, do Simbolismo e do Modernismo.
- Racionalismo – Em virtude de a arte ser concebida como a imitação do real, toda criação que dela se originasse deveria ser filtrada tão somente pela razão. Nesse sentido, o artista deveria recorrer a emoções genéricas, e não àquelas oriundas de paixões criativas – fruto da inspiração pura e simples do enunciador.
-Exaltação da natureza – Mostrando-se totalmente opostos à realidade permeada nos grandes centros urbanos, os representantes árcades iam ao encontro da natureza, uma vez que essa lhes proporcionava subsídios suficientes para a purificação da alma.
- Preocupação como o homem natural – Consoante às ideias do filósofo Rousseau, o homem primitivo, uma vez mantendo estreita relação com a natureza, ainda não fora corrompido pelos padrões sociais, pressuposto esse preconizado pela teoria do “O bom Selvagem”, autoria do próprio Rousseau.