Caracterização mecânica em flexão de compósito de poliuretano derivado de óleo de mamona reforçado com sisal
Jessica Fernanda Ferrazza1, Elaine Cristina de Azevedo2
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Introdução Estudos para descoberta de materiais cada vez mais duráveis e de menor custo, como os plásticos, eram muito importantes até pouco tempo atrás1. Com isso, o uso dos plásticos vem aumentando muito no mundo todo (mais de 100 milhões de t/ano de plásticos produzidos)2, conseqüentemente é grande a quantidade desses resíduos sendo descartados no meio ambiente, isto é, 20% do volume total3-4. A solução para a diminuição da poluição gerada por tais resíduos é a utilização de polímeros biodegradáveis, como a poliuretano derivado do óleo de mamona. Neste caso, a degradação do material ocorre de forma muito mais rápida que os plásticos comuns, resultando primariamente da ação de microrganismos, tais como fungos, bactérias e algas de ocorrência natural, gerando CO2, CH4, componentes celulares e outros produtos5,6. Ou de outro modo, são materiais que se degradam em dióxido de carbono, água e biomassa, como resultado da ação de organismos vivos ou enzimas7.
Para a melhora da resistência mecânica dos materiais poliméricos biodegradáveis, são utilizadas fibras naturais, como o sisal, devido à sua abundância, baixo custo e consumo de energia para sua produção*.
Este estudo tem como objetivo analisar os compósitos de poliuretano derivado do óleo de mamona reforçado com sisal através das propriedades mecânicas obtidos nos ensaios de flexão.
Materiais e Métodos
Neste trabalho, foram utilizados poliuretanos derivados do óleo de mamona, por serem materiais biodegradáveis constituídos por matéria prima renovável, e fibras vegetais de sisal, como elemento de reforço na produção dos compósitos, por esse material se encontrar disponível no comércio de Curitiba. Por possibilidade do seu emprego na construção de materiais com grande resistência mecânica destaca-se pela quantificação