Caracterização dos pequenos filos
Ctenóforos (do grego cten, “pente”; phero, “portador de”) – também denominados ctenários – são animais transparentes e gelatinosos. A maioria dele é planctônica, vivendo tanto em águas superficiais quanto em profundidades de pelo menos 3.000 metros; algumas espécies são epibênticas. A transparência e a natureza frágil dos ctenóforos os tornam difíceis de capturar ou observar através de métodos tradicionais de amostragem, como redes de plâncton ou de arrasto, e até recente advento dos submersíveis tripulados e técnicas de SCUBA em oceano aberto se pensava que eles seriam apenas modestamente abundantes. Porém, agora são conhecidos por constituir a porção principal da biomassa planctônica em muitas áreas do mundo, podendo periodicamente ser os zooplanctontes predominantes em algumas áreas. Foram descritas aproximadamente 100 espécies, mas há provavelmente muitas formas de água profundas para serem descobertas.
Os ctenóforos são animais radialmente (birradialmente) simétricos, diploblásticos (ou talvez triploblásticos), assemelhando-se aos cnidários em vários aspectos. Essa semelhança imediatamente óbvia, por exemplo, em características como a assimetria, o mesênquima ou colênquima gelatinoso (formado pela ectomesoderme), a ausência de uma cavidade corpórea entre o tubo digestivo e a parede corpórea, e um sistema nervoso em forma de rede relativamente simples. Porém, alguns zoólogos vêem essas semelhanças como características convergentes, as quais são resultados de adaptações ao modo de vida pelágico. Os ctenóforos são significativamente diferentes dos cnidários com relação ao seu sistema digestivo mais extensivamente organizado, sua musculatura completamente mesenquimal (talvez mesodérmica) e outras características determinadas.
Os ctenóforos também diferem fundamentalmente dos cnidários no fato de eles terem seu ciclo de vida monomórfico, nunca serem coloniais e sequer possuírem traços de uma fase séssil fixa. Ctenóforos não