Caracterização do uso e ocupação do solo às margens do rio cocó –fortaleza/ce

CARACTERIZAÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ÀS MARGENS DO RIO COCÓ –FORTALEZA/CE Resumo— O Rio Cocó por estar localizado em perímetro urbano do município de Fortaleza /CE, sofre intensa degradação ocasionada, entre outras razões pelo uso e ocupação indevidos de suas margens. O objetivo do presente trabalho teve como foco diagnóstico do uso e ocupação do solo urbano as margens do rio Cocó, no trecho que vai do antigo aterro Jangurussu até a ponte da Av. Paulino Rocha. Para Possibilitar o diagnóstico, a metodologia do presente trabalho baseia-se em Mota (1981), por meio do levantamento de dados. As análises resultantes do diagnóstico indicam que no período de 6 anos (1995 a 2001) houve perda da área vegetada nas margens do rio Cocó, principalmente em virtude da ocupação inadequada for favelas, conjuntos habitacionais, indústrias entre outros. As conseqüências do uso e ocupação do solo por empreendimentos em localização inadequada colabora para a degradação da qualidade das águas superficiais deste manancial. Conclui-se que as interferências antrópicas no trecho em estudo aumentou nos últimos 6 anos, minimizando as Áreas de Preservação Pemanente, que possuem função importante no equilíbrio do ecossistema da área em estudo.

Palavras-Chave— Bacia Hidrográfica do Rio Cocó; Uso e Ocupação do solo; planejamento ambiental e urbano.

INTRODUÇÃO

As civilizações, desde a antiguidade, nascem, crescem e se desenvolvem a partir de rios, pois os mesmos serviam de canais de comunicão (navegação) e ofereciam suporte a serviços essenciais como o abastecimento humano de água potável e o recebimento dos efluentes sanitários. Nesse contexto é indispensável à conservação dos recursos hídricos, negligenciada na maioria dos núcleos urbanos, o que pode ocasionar problemas sócio-ambientais, como, por exemplo, assoreamento dos corpos d’água e as enchentes.
A expansão da área urbana é um fator fundamental para o desenvolvimento social, econômico e cultural