Caracterização do assédio moral
O capítulo abre trazendo um breve resumo sobre as revoluções inglesas, para o leitor poder se situar ao contexto do discurso de John Locke, pensador inglês com ênfase no individualismo.
O individualismo é uma opinião que demonstra a declaração do indivíduo ante a sociedade e o Estado. Liberdade, propriedade privada e limitação do poder do Estado e a ideologia do individualismo forma seu alicerce sobre a igualdade e a liberdade, quando desprezam a camada social e todos os homens passam a ser iguais e livres diante o Estado.
Locke nasceu em 1632 era opositor dos Stuart (que na época da Revolução Gloriosa governaram simultaneamente a Inglaterra, Escócia e Irlanda, tentando impor o anglicanismo), se encontrava refugiado na Holanda e retornou à Inglaterra após o triunfo da Revolução Gloriosa.
John Locke em 1689-90 publicou suas principais obras: Cartas sobre a tolerância, Ensaio sobre o entendimento humano e os Dois tratados sobre o governo civil. Nesta última o segundo tratado, fundamenta a legitimidade da deposição de Jaime II por Guilherme de Orange e pelo Parlamento na doutrina do direito de resistência, segundo Locke, esse ensaio estava destinado "a confirmar a entronização de nosso Grande Restaurador, o atual Rei Guilherme; a justificar seu título em razão do consentimento do povo, pelo que, sendo o único dos governos legais, ele possui de modo mais completo e claro do que qualquer outro príncipe da cristandade". Para ser mais claro, esse tratado é considerado um livro assistemático, por causa do seu caráter fragmentário, pelo atrelamento a acontecimentos contemporâneos e porque Locke não chegou a revê-lo de forma satisfatória, pois era composto de doutrinas arrogantes para o absolutismo, algumas das quais amaldiçoadas por suntuoso decreto de 1685, quando Locke abandonou o país, e isso