Caracterização das comunidades do Guararapes e Cerro-Corá
1. Informações Gerais As comunidades dos Guararapes e Cerro Corá integram o Parque Nacional da Tijuca, uma área de preservação ambiental muito importante que abriga o morro do Corcovado, onde está a o Cristo Redentor, eleito como patrimônio cultural da humanidade e um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil. Muitas das famílias que ali vivem tiram seu sustento trabalhando com o turismo da área. As condições de saneamento, habitação e de infraestrutura das comunidades são muito precárias. Há uma creche, a sala da associação, uma escola pública, um posto de saúde pediátrico e um prédio da prefeitura. 1.1 População: cerca de 4,5 mil habitantes.
2. História O berço do Rio Carioca e o berço da cidade misturam-se nesta área histórica. Nas proximidades da favela Guararapes existiu aldeias indígenas e mais tarde fazendas e quilombos, onde hoje estão situadas a cidade e as áreas do Parque Nacional da Tijuca. A comunidade Guararapes teve início em 1930, com um pequeno núcleo de moradores, ampliado em seguida por parentes e amigos do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo. "Antes nós éramos moradores da extinta Fazendinha, de propriedade do coronel Fantainha, sendo o Sr. Rômulo de Moraes Couto o responsável pelos empregados da fazenda, onde hoje se localiza parte das ladeiras Guararapes, Peixoto, Conselheiro Lampreia e Mauriti Santos. Com a venda da fazenda para a imobiliária Perseverança, as famílias tiveram necessidade de atravessar o Rio Carioca, ocupando a área de propriedade da família Maial Guilei. Em 1967, após 30 anos de ocupação, a nova geração de Guararapes teve a honra de estar organizada e comprar a propriedade de 33.720 m2, por 50.000 cruzeiros, pagos de 1967 a 1974, pagando todos os débitos", relatou no documento Cláudio de Morais, primeiro presidente da Associação de Moradores de Guararapes.
Toda essa luta foi registrada pelo cineasta Sérgio Péo, na década de 70, no filme Guararapes, que relata a