Capítulo XVIII

995 palavras 4 páginas
Neste capítulo, começa a levantar-se o véu sobre o passado de Mª Eduarda. Apesar de todas as hesitações de Carlos, o leitor tem oportunidade, mais uma vez, de conhecer o seu “ bom coração “ e é fácil perceber-se que nada fará abalar o seu amor por Mª Eduarda.

Afonso da Maia partiu para santa Olávia e Mª Eduarda instalou-se nos Olivais. Por sua vez Ega partiu para Sintra, por alguns dias. Carlos saiu depois do jantar e encontrou o amigo Taveira no Grémio, que o advertiu contra Dâmaso. Taveira ainda arrastou Carlos até ao Price, mas Carlos pouco se demorou. Ao sair, Carlos encontrou Alencar e o senhor Guimarães, tio de Dâmaso.
Carlos começava a alimentar mais fortemente o seu desejo de fugir com Mª Eduarda para Itália e pensava no desgosto que poderia dar ao avô, mas o seu desejo de felicidade vencia todos os seus receios. Carlos visitava todos os dias Mª Eduarda nos Olivais, sendo descritos os seus encontros no quiosque japonês.
Os encontros de dia tornaram-se insuficientes e ambos começaram a desejar estar juntos também à noite. Carlos combinou então um encontro para uma noite e depois disso descobriu uma casa perto dos Olivais, que ele alugou para esperar aí os encontros noturnos. Numa dessas noites Carlos descobriu miss Sara no jardim envolvida com um jornaleiro. Carlos ficou chocado com a hipocrisia de miss Sara e estava decidido a contar a Mª Eduarda, mas depois resolveu calar-se, depois de refletir que também os amores entre os dois, embora com uma aparência de mais nobres e divinos, tinham também o seu teor de clandestinos.
Chegou o mês de Setembro e Craft, que estivera com Afonso em santa Olávia, fez uma visita a Carlos para lhe dizer que o avô lhe parecera desgostoso pelo facto de Carlos não ter aparecido por lá. Então Carlos comunicou a Mª Eduarda a sua decisão de visitar o avô e ela pediu-lhe que a deixasse ir fazer antes uma visita ao Ramalhete. Esta visita ficou combinada para o dia em que Carlos partia para santa Olávia.
Depois de percorrerem

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