Capítulo 4 (“a existência ética”), unidade 8 (“o mundo da prática”) “convite à filosofia”, de marilena chauí
“Convite à Filosofia”, de Marilena Chauí
Capítulo 4 – A existência ética
A existência ética
Quando assistimos notícias sobre pessoas que passam necessidades, fome, frio, pobreza, ou que estão à beira da morte, sofreram acidentes, temos conosco sentimentos de piedade, indignação, chegamos a nos sentir responsáveis por aquilo que vemos, devido à solidariedade que existe em nós. Esses sentimentos exprimem nosso senso moral.
Impulsos tomados por emoções (medo, orgulho, ambição), ás vezes não feitos em outras situações. Admiração, contentamento em ouvir uma pessoa que as ações manifestam honestidade, honradez, espírito de justiça. Essas reações também fazem parte do nosso senso moral.
Situações difíceis que exigem decisões importantes, como aceitar ou não um emprego que não é honesto, ou até mesmo se é certo uma garota abortar um filho por não ter condições de criar a mesma, situações mais dramáticas ou menos dramáticas surgem sempre em nossas vidas. Essas dúvidas manifestam nossa consciência moral, pois são decisões que precisam ser justificadas para nós mesmos e para os outros para poderem ser aceitas.
Esses exemplos mostram que tanto nosso senso moral quanto nossa consciência moral são guiadas por valores e a sentimentos provocados por esses valores e as decisões que se trazem conseqüências para nós e para os outros. O bom e o mau está ligado à um desejo profundo de afastar a dor e o sofrimento e de alcançar a felicidade.
Juízo de fato e de valor
Juízo de fato é aquele que está ligado ao que está acontecendo, como “Está chovendo”, e Juízo de valor é aquele que você agrega um valor ao acontecimento, como “A chuva é bela”.
Os juízos éticos de valor são também normativos, determinam o dever ser de nossos sentimentos, o correto e o incorreto, nos dizem o que é o bem, o mal e a felicidade.
A cultura interfere diretamente na interpretação de suas relações utilizando o senso moral e a