Capítulo 1 Tigre
O capítulo busca associar as teorias econômicas ao seu contexto histórico-institucional e às grandes ondas de inovações de suas épocas.
1. Bases técnicas e institucionais da Revolução Industrial
Até meados do século XVIII a agricultura era a principal atividade econômica, o conceito de fábrica ainda não existia.
Sem a utilização de máquinas e processos organizacionais voltados para a melhoria da produtividade, o aumento da produção dependia de um aumento proporcional dos fatores de produção utilizados.
A difusão das inovações é inicialmente lenta e concentrada na indústria têxtil e, em menor medida, na fabricação de ferro.
Inovações tecnológicas, iniciadas nas etapas de fiação e em seguida na tecelagem, permitiu que o custo de produção dos tecidos baixasse.
A revolução concentrou-se na Inglaterra.
Os tecidos passaram a ser a maior commodity industrial do mundo.
A combinação de fatores que incitaram essa mudança: uma oportunidade de aperfeiçoamento em razão da inadequação das técnicas vigentes ou uma necessidade de aprimoramento criada por aumentos autônomos dos custos dos fatores; e uma superioridade de tal ordem que os novos métodos fossem compensatórios para cobrir os custos de mudança.
A diferença de riqueza da Inglaterra somente veio a ocorrer com a Revolução Industrial.
Galileu introduziu a noção de método científico, propondo sistematizar o tratamento analítico através da experimentação.
A ciência não constituía uma resposta ao objetivo de aumentar a produção de bens.
O uso comercial da ciência só veio a ocorrer efetivamente no final do século XIX, quando surgiram os laboratórios de pesquisa empresariais direcionados a aplicar métodos e conhecimentos científicos ao desenvolvimento de novos produtos e processos.
Inovações ocorridas na Revolução Industrial: substituição do humano pelas máquinas; substituição de fontes animadas de energia por fontes inanimadas; e o uso de matérias-primas novas e muito mais abundantes.
Essas invenções acabaram por