Captação de recursos internacionais
A captação de recursos torna-se cada vez mais relevante para viabilizar demandas do desenvolvimento de vários setores da economia, seja ela local ou global, e possibilita investimentos de maior vulto nas empresas brasileiras que são de fato promissoras em rentabilidade, no entanto nem sempre dispõem de capital para o desenvolvimento de seus projetos. A escassez de recursos para os mercados emergentes, bem como o alto custo financeiro historicamente existente no Brasil, torna as negociações de captação de recursos altamente profissionais, técnicas e dificeis (FRANÇA, 2005).
Nas décadas de 1960 e 1970 e início da década de 1980, praticamente todas as captações de recursos privados no exterior eram feitas através de empréstimos e financiamentos bancários internacionais, de acordo com a Lei 4.131, e internamente operacionalizados através das resoluções e circulares do BC, entra as quais pontificava a Resolução 63. Na maior parte da década de 1980 e até o acordo da dívida externa ao final de 1993 (Plano Brady 1), a fonte externa secou, limitando-se a algumas renovações. A partir de então, o fluxo externo recomeçou, mas não mais caracteristicamente na forma de empréstimos e financiamentos, mas sim, na forma de emissão de títulos de dívida no exterior (FORTUNA, 2009).
O funcionamento do sistema financeiro, internacional e nacional, é um dos pilares para a captção de recursos, e segundo Carvalho (2007, p. 61) ele “pode ser definido como o conjunto de instituições regras, capacidades e práticas disponíveis para permitir o pleno funcionamento da economia (...)”.
3.2 MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO
Qualquer tentativa de captação de recursos externos deve ter a autorização do governo brasileiro, que será o avalista da operação. Para esclarecer melhor o funcionamento da captação de recursos estrangeiros, precisa-se primeiro conhecer o funcionamento do mercado financeiro nacional. Isso irá permitir a identificação das