capixabismo

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Durante o decorrer do século XX, o Espírito Santo se viu em diversas mudanças econômicas, seguindo um certo padrão mundial. No início do século, dominava o tal modelo primário exportador, baseado na economia cafeeira. Esse modelo, no entanto, ao começar a decair, deu espaço para a forte migração campo-cidade, e conjuntamente com o inicio do desenvolvimento de uma nova lógica industrial no estado, com o início dos Grandes Projetos Industriais, contribuíram com o processo de urbanização capixaba e assim a formação de uma área metropolitana, área formada nos limites próximos à capital Vitória. Assim essa região “central” do estado começou a acumular um contingente populacional muito maior que as regiões do interior.
Essa população em crescimento avançado, processo que continuou até o século XXI, no entanto, não teve algum suporte em questões como moradia e trabalho, o que resultou na expansão de periferias e no processo de favelização da chamada Região Metropolitana da Grande Vitória, que hoje é composta pelas cidades de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Guarapari, Viana e Fundão. Estes bairros periféricos são expressões do padrão de urbanização excludente e desigual que vinha se desenvolvendo na região.
O crescimento desordenado dessa região metropolitana auxiliou o desenvolvimento das periferias que por sua vez apresenta grande parte de sua população em estado de desemprego, uma vez que consiste de um perfil de pessoas advindas do meio agrário e migrantes, ou seja, trabalhadores com pouca qualificação profissional. Assim “intensifica a fragilidade social de uma ampla camada populacional, majoritariamente jovem, que consequentemente, por não possuírem condições de inserção no mercado formal de trabalho, acabam se tornando as maiores vitimas da sedução do mercado ilegal de trabalho e da violência urbana.

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