Capitães da Areia
Movimento literário
O livro “Capitães da Areia” se insere na segunda fase do modernismo no Brasil, pela incorporação do cotidiano, uma das mais relevantes características do modernismo, e também pela história sem prévias.
O período que vai de 1930 até 1945 talvez tenha testemunhado. No Brasil, 1930 marca o ponto máximo do processo revolucionário , ou seja, o fim do domínio das oligarquias ligadas ao café e o inicio do mandato de Getúlio Vargas.
Getúlio Vargas inicia sua ditadura em 1937. O chamado Estado Novo foi um período antidemocrático e anticomunista. Isso se prolonga até a renuncia de Vargas.
Diante desses acontecimentos de alta relevância, Carlos Drummond de Andrade publica, em 1945, um poema intitulado “Nosso Tempo” :
"Este é tempo de partido, tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra.
(...)"
As características da segunda fase do Modernismo representa um amadurecimento e um aprofundamento das ideias, onde os novos poetas estudam uma maneira de aprimorar a estética dos poemas iniciada na década anterior, cultivando o verso livre e a poesia sintética.
Porém, é na temática que se nota mudanças, uma postura artística distinta, onde passa-se a questionar a realidade com mais vigor e onde o artista passa a se questionar como pessoa e como artista em sua tentativa de interpretar a sua vivência, existência e permanência no mundo.
Vida, Obras e Características do Autor
Jorge Leal Amado de Faria nasceu em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, Bahia. Estuda por muitos anos em escola de regime interno: