Capitulo 3
(1964-1973)
Ao longo de 1963 e até o início de 1964, a economia brasileira operou em verdadeiro estado de estagflação.
Após um crescimento real médio de 8,8% ao ano no período 1957-62, o PIB cresceu apenas 0,6% em 1963, enquanto a inflação (IGP-M) elevou-se da média de 32,5% aa para 79,9% em 1963.
Humberto Castello Branco (1964 – 1966)
Ministros : Roberto O. Campos e Octávio G. de Bulhões >> perfil ortodoxo
Os ministros estabeleceram o combate gradual à inflação, a expansão das exportações e a retomada do crescimento como principais objetivos da política econômica.
1964 – 1967: Ajuste conjuntural e estrutural da economia, visando o enfrentamento do processo inflacionário, do desequilíbrio externo e do quadro de estagnação econômica. Implementação do Paeg e de importantes reformas estrutruturais – do sistema financeiro, da estrutura tributária e do mercado de trabalho. A economia brasileira teve um comportamento do tipo stop and go.
➢ Paeg: Diagnóstico e Estratégia de Estabilização (1964 – 1966)
Campos aponta duas linhas principais de ação para superação da crise:
✓ O lançamento de um plano de emergência para combater eficazmente a inflação. O Paeg
✓ Lançamentos de reforma de estrutura.
Quanto à inflação, a avaliação de Campos era de que “a responsabilidade primordial do processo inflacionário cabe aos déficits governamentais e à continua pressão salarial.
Os déficits alimentavam a expansão dos meios de pagamento que, por sua vez, sancionavam os aumentos de salários. Esse diagnóstico inspirou as principais medidas do Paeg:
1) Um programa de ajuste fiscal, com base em metas de aumento da receita (via aumento da arrecadação tributária e de tarifas públicas) e de contenção (ou corte, em 1964) de despesas governamentais; 2) Um orçamento monetário que previa taxas decrescentes de expansão dos meios de pagamento; 3) Uma política de controle do crédito ao setor privado, pela qual o crédito