Capitulo 13 helman
Antropologia médica e saúde global A Antropologia Médica normalmente atua em nível local, analisando os grupos sociais de regiões específicas. Porém, atualmente, os problemas relacionados à saúde vêm se tornando globais, o que gera uma certa discussão no enfoque das pesquisas dos antropólogos médicos, que provavelmente terá que ser muito mais global. Segundo Helman, as abordagens antropológicas sobre os problemas de saúde devem ser consideradas a partir da pobreza em conjunto com a desigualdade econômica. Neste capítulo o autor separou 7 áreas-chave para a discussão sobre a saúde global: Superpopulação; urbanização; cuidados primários à saúde; desmatamento e extinção de espécies; poluição e aquecimento global; Malária e AIDS. A superpopulação é um dos problemas mais graves, pois é o “ponto de partida” para vários outros problemas globais (fome, pobreza, doenças, etc). O exponencial aumento populacional associado ao uso exagerado de energia pelos países ricos é uma combinação extremamente perigosa para o mundo. Vários países e organizações têm tentado reagir com os Programas de Planejamento Familiar, mas os resultados não têm sido como o esperado. Tais programas são, geralmente, direcionados apenas às mulheres (o que é um erro pois quando se trata de família tudo está interligado) e se fazem à base de métodos contraceptivos e educação sexual. Além disso, a diversidade cultural, a religião, o valor de um filho para os pais, a tradição familiar, o acesso aos medicamentos, os valores históricos, as crenças sobre o corpo e muitos outros fatores, são alguns dos motivos que levam a esse insucesso dos Programas. O Planejamento Familiar não pode ter um modelo universal que seja aplicado a todas as partes do mundo. Deve haver também uma abordagem mais holística, que envolva também o desenvolvimento social e econômico. Simultaneamente ao crescimento da Urbanização, aumenta-se o número de “pobres