capitalismo
Camila Barros Moraes
Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Serviço Social e Desenvolvimento Regional –UFF
Disciplina: Capitalismo, Trabalho e Desenvolvimento
Ministrado pela Profª. Drª.:Eblin Farage e Maria das Graças Lustosa
1- Introdução
Para compreendermos a desigualdade entre negros e brancos no nosso país é necessário que tenhamos a apreensão real do que foi a história da formação social do Brasil, marcada por um longo período escravista e pela formação de uma sociedade de classes bem particular. O Brasil traz consigo ideologias como o autoritarismo elitista e o racismo, que atrelados a uma história de construção das relações de produção ainda mais desigual que nos países de capitalismo central, faz com que a classe trabalhadora seja ainda mais dividida, e o negro se encontre nos lugares mais subalternos até os dias atuais.
O objetivo do presente artigo é buscar a apreensão real do processo de implementação do modo de produção capitalista no Brasil e de como foi se construindo uma sociedade de classes onde o negro, mesmo após a abolição, foi empurrado para os piores lugares da sociedade. Para tal análise, utilizaremos o método materialista, histórico e dialético marxiano, compreendendo que para entendermos as relações sociais é necessário não nos limitarmos a aparência, fundamentalmente precisamos buscar a essência do fenômeno apresentado. Esta só será possível alcançar a partir do movimento que parte da realidade material historicamente construída, a transporta para o plano ideal para ser interpretada e sistematizada, e volta para o plano real novamente para assim alcançar a essência.
É importante salientar que a análise feita aqui utilizará o método marxiano na sua essência e de forma concreta, nos baseando principalmente em algumas considerações de Caio Prado Jr. e Florestan Fernandes sobre a realidade brasileira. A