Capitalismo

BRAVERMAN, H. Trabalho e Capital Monopolista - A degradação do trabalho no século XX- Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1987. Cap.2 – As origens da Gerência; pp, 61-69

As origens da Gerência

• O Capitalismo Industrial teve início quando um significativo número de trabalhadores é empregado por um único capitalista. Em uma primeira fase, o controle do trabalho permanecia sob o controle dos próprios produtores, incluindo o conhecimento tradicional e as perícias de seus ofícios.
• Reunindo-se os produtores, surge a necessidade de alguma gerência, ainda que em uma forma rudimentar, e surgiram em um primeiro momento, as funções de gerência pelo próprio exercício do trabalho cooperativo.
• Até mesmo reunindo-se artesãos atuando de maneira independente, algum tipo de gestão era necessário, por alguém que coordenasse todos os processos, sendo capaz de conceber e coordenar todas as atividades. Assim iniciou a atividade de gerência dentro da indústria capitalista.
• O próprio capitalista assumiu as atividades do gerenciamento, em virtude de sua propriedade do capital;
• Os pagamentos por unidade produzida, sob várias formas, ainda são comuns atualmente, e representam a conversão do salário por tempo numa forma que tenta, com êxito muito desigual, arrolar o trabalhador, como cúmplice voluntário de sua própria exploração.
• Os primeiros sistemas de tarefas domiciliares e de subcontratação representaram uma fase de transição, período em que o capitalista ainda não havia assumido a função de direção no capitalismo industrial, tampouco do controle sobre o processo de trabalho.
• O controle de grandes grupos de trabalhadores em muito antecede a época burguesa. Importantes exemplos disto foram as mobilizações de expressivas construções, como as pirâmides, a muralha da china, as extensas redes de estradas, aquedutos e canais de irrigação, os grandes edifícios, arenas monumentais, catedrais e etc., datadas da antiguidade e dos tempos medievais.
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