capitalismo e pré industria
A palavra Indústria não se liberta totalmente dos antigos sentidos (trabalho, atividade e habilidade) que lhe eram atribuídos, bem como as concorrências de arte, manufatura e fábrica que lhe faziam concorrência no século XVIII. Seu triunfo se dará no século XIX como designação da grande indústria. Como tese, as explicações utilizadas por Braudel foram formuladas em 1924 por Hubert Bourgin, que focou que a vida industrial entre os séculos XV e XVIII entra nas categorias por ele expostas.
Primeira categoria: caracterizada pela existência de pequenas oficinas familiares, compostas por um mestre, dois ou três companheiros, um ou dois aprendizes, ou a família sozinha (pregueiro, cuteleiro, ferreiro, tamanqueiro, sapateiro, ourives, serralheiro, rendeira, padeiro, moleiro, queijeiro, destilador, açougueiro). Nesses pequenos estabelecimentos artesanais, as tarefas eram indiferenciadas e não havia divisão do trabalho. Sua principal característica é a resistência às novidades capitalistas.
Segunda categoria: caracterizada pela existência de oficinas dispersas, mas ligadas entre si (fábricas disseminadas). Trata-se de uma sucessão de trabalhos que dependem uns dos outros até o acabamento do produto fabricado e a operação comercial.
Terceira categoria: caracterizada pela existência da fábrica aglomerada, onde diversas operações estão reunidas num mesmo local. A mão-de-obra é concentrada em construções maiores ou menores, permitindo vigilância, divisão das tarefas, aumento da produtividade e melhora da qualidade dos produtos.
Quarta categoria: caracterizada pela existência de fábricas com máquinas movidas a água corrente ou vapor. No século XVIII, fábrica e manufatura são empregados como termos sinônimos, o que não impede de fazer diferenciações entre os termos. A fábrica mecanizada pode ser mais situada no século XIX, enquanto a manufatura remete aos séculos anteriores.
Embora as estruturas não substituam bruscamente