"Capitalismo: Uma História de Amor" - Resenha
O filme-documentário “Capitalismo: Uma História de Amor” do cineasta Michael Moore, lançado em 2009, foi assistido durante as últimas aulas de Filosofia. O documentário é uma crítica pura aos modos de governo e da situação econômica americana. Moore mostra o capitalismo como uma falsa ideia de inclusão e de liberdade, reforçando ainda mais o modo de vida americano. As corporações norte-americanas são um dos principais alvos no documentário. O cineasta revela ao público que muitas delas saem lucrando mais quando o funcionário morre do que quando ele está vivo e trabalhando, ou seja, invés da família receber a indenização pela morte, quem recebe é a empresa. Essas corporações, líderes de mercado, são quem, na verdade, controlam o estado. O governo de Reagan foi um dos que mais mostrou isso. Ronald Reagan foi o 40º presidente americano, ele também foi ator e fazia muitas propagandas. Era ótimo presidente para os executivos, e péssimo para a população. Essa foi à entrada dos investidores capitalistas no estado, também chamado de neoliberalismo. No regime neoliberal, quem tem mais capital que comanda. O estado não interfere no mercado, louvando-o como se fosse Deus. Essa estrutura permanece ainda hoje, sendo o Wall Street que está no comando do estado por trás, criando assim, um teatro político. Um dos principais aspectos que percebemos durante o documentário é que Moore destaca os problemas dos EUA, e o compara com o Império Romano, considerado o mais forte governo de todos os tempos, mas mesmo uma grande potência na época, o Império Romano fracassou por conta de seus problemas internos. Através do capitalismo, é criado um mecanismo de alienação e medo na população onde a recessão e a queda da bolsa de valores são como terrorismo, abrindo a possibilidade de milhares de famílias perderem suas casas e seu capital. Mas justamente na época de recessão americana, grandes financiadores e executivos ficaram ricos.