Capitalismo Tardio
Os estudos e teorias produzidos pela escola de Frankfurt no século XX, constituem um importante instrumento de conhecimento para a análise da sociedade moderna e seus meios de produção em todos os âmbitos. Seus pensadores, que migraram de Frankfurt na Alemanha, para os Estados Unidos devido à Segunda Guerra Mundial, possuem uma visão crítica e apocalíptica da sociedade capitalista na qual estamos inseridos. É destes autores o conceito de indústria cultural. Adorno e Horkheimer definiram Indústria Cultural como um sistema político e econômico, com a finalidade de produzir bens culturais, como os filmes, livros, músicas, novelas, e etc., visando apenas uma objetivo: o lucro.
A cultura produzida na modernidade, segundo eles, é exclusivamente um bem de consumo, sendo portanto, alienante. Desta maneira, essa visão pessimista se estende também a esfera jornalística. Na visão frankfurtiana do jornalismo, as notícias são mercadorias, produtos a serem comercializados. Os veículos de comunicação não tem como objetivo principal informar, não são possuidores de responsabilidade social, compromisso ético com a verdade. A notícia não tem valor de uso, e sim valor de troca. Sendo um produto, se utilizará de estratégias de vendas para emplacar, como espetacularização, dramatização e etc. Os meios comunicacionais organizam-se em conglomerados midiáticos, que segundo interesses econômicos, hegemonizam a distribuição da informação.
Baseando-se nesta visão sobre o jornalismo, o presente trabalho pretende analisar segundo tais parâmetros, O Grupo Folha, um dos principais conglomerados de mídia do país. Controla o jornal de maior circulação e influência (Folha de S.Paulo), a maior empresa brasileira de conteúdo e serviços de internet (UOL), o site noticioso de jornal com mais audiência (Folha.com) e a maior gráfica comercial do Brasil (Plural), além de outros negócios.
CAPITALISMO TARDIO
INDÚSTRIA CULTURAL
O conceito de indústria cultural foi construído pelos teóricos