Capitalismo Industrial e Capitalismo Financeiro
O capitalismo industrial teve início com a trans¬formação do trabalho manual em mecânico e com o uso acelerado da energia não-humana: a máqui¬na movida a vapor, gerado por meio da combustão do carvão, é típica dessa fase. A invenção e a implantação de máquinas no processo produtivo foram facilitadas pelo grande volume de capital acumulado durante o Mercantilismo.
Numa segunda etapa, a industrialização se expandiu para outros países, permitindo a multi¬plicação das indústrias e a utilização de um núme¬ro crescente de trabalhadores. Ampliou-se assim a classe operária (proletariado) e se internacionali¬zou o sindicalismo. Ao mesmo tempo ocorria uma explosão urbana, com transformações no modo de vida e na economia, que marcam o mundo de hoje. Nesse período, as relações internacionais foram caracterizadas pela intensifica¬ção da ação imperialista euro¬péia sobre a África e a Ásia, gerando conflitos entre as gran¬des potências, cuja culminância foi a Primeira Guerra Mundial. O imperialismo teve como causa três problemas que os países europeus enfrentavam:
• Produção excedente - Com a industrialização, a produção de mercadorias cresceu num ritmo muito mais rápido que o dos mercados existentes. Esse ritmo de crescimento gerou uma grande produção exce¬dente, o que levou à disputa por novos mercados.
• Excedente de capital - As indústrias obtinham lucros cada vez maiores (ocorrendo uma superacumulação de ca¬pital), e a saturação dos merca¬dos existentes não viabilizava o reinvestimento interno desse capital. Dessa forma, era ne¬cessário buscar outros locais para investir os excedentes de capital, o que contribuiu para mais um passo em direção à globalização econômica mun¬dial.
• Abastecimento de maté¬rias-primas - Para a manu¬tenção do processo de produ¬ção industrial, tornava-se deci¬sivo garantir o abastecimento de matérias-primas, muitas vezes escassas ou inexistentes nos países industrializados europeus.
Capitalismo financeiro
O termo