Capitalismo industrial no sec. XXI
Fichamento
O capitalismo industrial do século XIX, alterou tudo que estava a sua volta, impondo uma nova rede de relações sociais, um novo ritmo de vida e de trabalho. Estas imposições atingiram não só as relações comerciais e industriais, mas sim a sociedade com um todo. Com o objetivo de obter progresso econômico e expansão comercial, o capitalismo como modo de produção antagônico, traz consigo a desigualdade, a posse privada de bens e a exploração da força de trabalho. Expandindo-se sob o signo da contradição, através de um sinuoso percurso, marcado por crises cíclicas crescentes, o capitalismo acentuou a diferenciação entre as classes e fez do movimento de valorização do capital, o movimento fundamental da sociedade burguesa. Nutria-se de crises provocadas em sua dinâmica interna, de onde sucediam surtos de reanimação internas, consolidando o poder da burguesia industrial. A oferta de trabalho crescia aliada ao alto investimento e expansão da indústria e de outros indicadores econômicos que permitiam levar o regime a uma fase de maturidade.
Vale destacar que o custo social deste progresso era alto, pois beneficiava os donos do capital e empobrecia a classe trabalhadora. Tal situação não se constituía em preocupação para a classe burguesa, pois para eles este modo de produção e o domínio do capital sobre o trabalho eram irreversíveis e consolidados, dado o nível de desenvolvimento atingido e às derrotas sofridas pelos trabalhadores (1848 e 1850).
Em 1860, ainda em fase de expansão, o capitalismo encontra dificuldades para se recuperar de suas crises cíclicas e manter o fluxo de sua marcha expansionista. As crises cada vez mais turbulentas do capitalismo acompanhavam graves problemas sociais. O crescimento da classe trabalhadora excedeu a demanda por mão de obra, gerando o exercito industrial de reserva e fenômenos de generalização da pobreza que levavam os