Capital de Giro
Conforme colocado, para que o processo de gestão financeira seja eficaz no cumprimento do objetivo de liquidez da empresa, faz-se necessário que a gestão financeira seja suportada por um sistema de informações contábeis que, ao mensurar os fluxos financeiros periódicos, lhe permita identificar as necessidades de captação de recursos ou a possibilidade de se efetuarem aplicações financeiras, quando do planejamento de suas atividades. Porém, sendo os fluxos financeiros operacionais de uma empresa afetados pelos recursos aplicados no ciclo operacional, faz-se necessário mensurar o montante destes recursos, bem como o impacto que a variação destes causam no caixa, ou seja, faz-se necessário mensurar o capital de giro.
Entretanto, segundo Mantins e Assaf Neto (1988, p. 276), o conceito de capital de giro costuma apresentar diferentes interpretações, que são aplicadas segundo os critérios e a natureza do estudo desenvolvido. Em virtude de terem sido esboçadas, muitas vezes, metodologias alternativas de cálculo, de acordo com as definições consideradas, é fundamental que se descrevam os principais conceitos e formas de mensuração do capital de giro, conforme são usualmente considerados.
A abordagem de capital de giro utilizada neste trabalho é uma adaptação à abordagem proposta por Audoye (1970). Nesta abordagem, o capital de giro pode ser definido como o conjunto de valores que são submetidos a mutações cíclicas de curto prazo e cujo destino normal, ao final de cada ciclo operacional – fora a sua conversão em disponibilidades –, é ser reutilizado dentro do ciclo operacional seguinte – daí a idéia de giro –, excluindo, portanto, os valores que transitam pelo caixa da empresa mas, cujo destino normal é exterior ao capital de giro (AUDOYE, 1970, p. 14).
Esta definição aponta duas características importantes para se analisarem as necessidades periódicas de capital de giro. Uma, relativa aos elementos que