Capim Elefante
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
O CAPIM-ELEFANTE
Seminário apresentado à disciplina
ZOO 645 (Métodos nutricionais e alimentação de ruminantes)
Bruna Adese Lopes
49219
Viçosa, Maio de 2004.
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1. INTRODUÇÃO:
Não pairam dúvidas de que as gramíneas constituem a mais importante família no aspecto científico e econômico. São proeminentes no recorde absoluto de distribuição geográfica completa e constituem uma excelente fonte de alimentos aos herbívoros domésticos. Seus representantes dão encontrados nas mais largas altitudes e latitudes e seu grau de distribuição nas regiões é denso e contínuo.
As pastagens apresentam grande importância territorial no Brasil, quando se observa que 70 % das terras do setor agropecuário, o qual constitui
30 % do território nacional, são ocupadas por pastagens (FAO, 2002) e que cerca de 90 % dos bovinos abatidos são criados exclusivamente em pastos ou apenas com pequena suplementação após a desmama.
Nos últimos anos a pesquisa deu grandes saltos, reiterando essa importância das pastagens, mas o cenário nacional em nível de campo não tem acompanhado as mudanças. Não é de hoje que os produtores baseiam-se em critérios simplistas e empíricos para o manejo das pastagens, com concepções tradicionalistas e extrativistas. Isso resultou na chamada busca pela forrageira milagrosa, que produzisse bem em solos com baixa fertilidade, na seca e sem adubação, pois após alguns anos após a implantação de uma pastagem, esta já se encontrava em algum estágio de degradação, retratando quase 50 % das pastagens nacionais. Essa busca pela forrageira milagrosa levou ao lançamento de inúmeras espécies e cultivares, que passaram a ser utilizadas sem seus devidos estudos, desfazendo de forrageiras de grande capacidade produtiva.
E neste contexto, o capim-elefante se encaixa perfeitamente, pois vêm sendo tido como de alta produção forrageira, mas de baixa