Cap06
TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO NO MONITORAMENTO DE
ÁREAS FLORESTADAS.
CARLOS A. VETTORAZZI
Departamento de Engenharia Rural da ESALQ/USP
INTRODUÇÃO
O enfoque principal deste trabalho é a discussão da possibilidade da avaliação continuada, qualitativa e/ou quantitativa, de alterações no uso e cobertura do solo em áreas florestadas, nos seus diversos níveis de detalhamento e complexidade, por meio de técnicas de geoprocessamento.
Atualmente a atividade florestal sofre, além da constante pressão econômica pela eficiência, uma pressão social (e também econômica) muito forte, cobrando uma postura
"ambientalmente correta" por parte das empresas. Nesse contexto, as técnicas de geoprocessamento podem desempenhar um importante papel no monitoramento ambiental em áreas florestadas.
O termo monitoramento estará sendo empregado aqui no sentido de acompanhamento no tempo, visando detectar, analisar, mapear e quantificar alterações possíveis de serem representadas espacialmente. Sob essa ótica, o "geomonitoramento" pode ter as mais diversas utilidades, listando-se, entre outras:
a) Manter atualizada a base cartográfica e o banco de dados da empresa (retalhonamento, infra-estrutura etc.);
b) Dar suporte aos grupos envolvidos em proteção florestal, identificando e mapeando áreas de risco ou de ocorrência de incêndios, ataques de pragas, doenças etc.;
c) Acompanhar a situação das áreas de preservação permanente e reservas legais;
d) Avaliar a disponibilidade de matéria-prima em áreas de terceiros.
O geoprocessamento trata das diversas técnicas empregadas na coleta, rmazenamento, processamento, análise e representação de dados com expressão espacial, isto é, possíveis de serem referenciados geograficamente (georreferenciados). Essas técnicas podem ir desde a Topografia convencional, com o emprego de instrumentos simples corno trena e bússola, até a utilização de satélites de posicionamento e