Cap Tulo 1 Conceitos B Sicos De Probabilidade
A.1) Experimentos Aleatórios
Quando estudamos física, química ou biologia, nos deparamos com experimentos que podem ser modelados através de equações ou sistemas de equações simples. Como exemplo, podemos citar o caso do movimento retilíneo uniforme (MRU), no qual é observado o movimento de uma partícula com velocidade V constante, tanto em módulo como em direção. Se a posição inicial da partícula, S0, é conhecida, a posição da mesma partícula para um especificado tempo t poderá ser determinada “à priori” utilizando-se a equação S = S0 + v.t. A principal característica desse tipo de modelagem reside no seguinte fato; se repetirmos esse experimento debaixo das mesmas condições iremos obter, a menos, de possíveis erros no processo de medição dos parâmetros s0, v e t, o mesmo resultado para S.
Considere agora os seguintes exemplos:
Uma resultante R, aplicada a um corpo de massa m, fará esse corpo se movimentar com uma aceleração a (modelo: R = ma)
Uma resistência elétrica R, submetida a uma d.d.p V, será percorrida por uma corrente i (modelo: V = Ri )
Em todos os exemplos citados, modelos matemáticos determinísticos podem ser construídos e utilizados para descrever, de forma aproximada, o mundo real. Observe que todos os parâmetros de entrada do modelo podem ser controlados e medidos com razoável precisão.
No entanto, existem experimentos nas mais diferentes áreas de pesquisa científica que parecem não seguir esse padrão simples, ou seja, quando o experimento é repetido sob as mesmas condições (parâmetros de controle, dados de entrada, etc) resultados diferentes são obtidos. Tais experimentos recebem a designação genérica de experimentos aleatórios ou probabilísticos. A idéia básica é que, para um experimento aleatório, o resultado final (ou saída) não pode ser univocamente determinado através do conhecimento dos parâmetros iniciais (ou entrada). Esses experimentos apresentam 3 características