Cap. 6 mercado de trabalho, ontem e hoje informalidade e empregabilidade como categorias de entendimento.

Trabalho: Andressa Batista

Mercado de trabalho, ontem e hoje: Informalidade e empregabilidade como categoria de entendimento A noção de informalidade surge no fim dos anos de 1960 e nessa época era uma categoria cognitiva em torno da qual se constituía debates. Nas últimas décadas a informalidade se universaliza, torna-se cada mais comum e não provoca mais as acaloradas discussões do passado. O termo informal no início foi proposto para incorporar o trabalhador desempregado à estrutura social ao qual ele pertencia, agora passou a ser uma resposta de emprego para os trabalhadores que não estão incorporados ao mercado de trabalho formal. Os problemas ligados a incorporação produtiva de possíveis trabalhadores que se mudaram para a cidade, gerou duas posições opostas. De um lado, a teoria da modernização, que dizia que o baixo nível de capital dos países subdesenvolvidos desequilibrava a estrutura do emprego urbano, mas isso era visto como uma situação passageira. Neste cenário houve uma pré-incorporação ao trabalho assalariado dos migrantes, cujo modo de vida não era adequado a sua nova realidade, mas também já não eram tradicionais. Mais tarde surgiu a teoria da marginalidade, que mostrava as conseqüências sobre a distribuição de classes sociais e das dificuldades de desequilíbrios estruturais. Essa perspectiva dualista aparece com duas variantes: uma de que o setor informal era aberto, apesar de maior facilidade de entrar do que sair, e outra de que era fechado para algumas categorias de trabalhadores, fadadas a ficar na informalidade/ marginalidade por longo prazo. Do outro, a critica marxista coloca que a situação da informalidade é devido ao grande desenvolvimento da acumulação capitalista, das poucas vagas de emprego para tantos indivíduos que sem outra opção acabaram buscando no trabalho informal um meio de subsistência.