Cap 3
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
RACHEL RIE ALVES YAMADA
Arquitetura e Arte no Brasil Colonial
Capítulo Três: A Arquitetura Jesuítica no Brasil
SÃO PAULO
2015
Os Jesuítas tiveram suas atividades iniciadas no Brasil em 1549, onde na maior parte do tempo enfrentou diversos obstáculos para a realização de sua missão de educar e catequizar, nativos e colonos, além da tarefa de formar candidatos ao sacerdócio. A população indígena do Brasil era dispersa e nômade, diferente do que se via nas colônias espanholas, o que resultou em certa dificuldade para a companhia na hora da conversão. O trabalho dos jesuítas se resumia em assentar e concentrar essa população nas aldeias. No entanto, a tentativa de adaptação ao novo estilo de vida foi conturbada para os nativos, devido as pressões e exigências do trabalho escravo em massa, além de terem que lidar com as epidemias trazidas pelos europeus que se espalhavam com facilidade pelas aldeias.
Atendendo às necessidades na área de construções, a Companhia de Jesus trabalhou na expansão da arte e arquitetura no Brasil, dando nome ao primeiro estilo do período colonial, o maneirismo, ou “estilo jesuítico”. Ainda influenciado pelas características da arquitetura da contrarreforma europeia, o maneirismo se firmava em sua ambiguidade. Diferentemente do renascentismo, racional, e do barroco, emocional, o maneirismo pregava temas de função dupla com o propósito de violar as regras clássicas.
Os maneiristas buscavam uma quebra da serenidade, a simplicidade da forma, e uma volta a arquitetura medieval, além de outros elementos, que representavam a ideia de deixar a igreja mais acessível ao povo.
A arquitetura maneirista italiana se desenvolveu em Portugal através de Filippo Terzi, que mais tarde seria responsável pelo projeto da igreja de São Roque, que se tornou uma obra referencial para o estilo no brasil.
Na primeira fase, a arquitetura jesuítica no Brasil foi marcada por variadas