Cap 3 Fraser
O texto relata os constantes conflitos internos – de 1993 a 2010 – entre o Conselho e a Comissão de política internacionais europeias. O intuito era de eleger um duplo estatuto de Alto Representantes para sanar esses conflitos internos. Os Estados-Membros eram relutantes quanto à ideia de dar à Comissão o poder político e de segurança. Apesar da Comissão ser o condutor dessas políticas, era o Conselho quem representava os Estados-Membros e lidava com os assuntos de segurança. Assim, foram constantes os conflitos internos entre Comissão e Conselho. Com a nomeação de Javier Solana como Alto Representante da CFSP, e Chris Patten como Comissário de Assuntos Externos, surgiram muitas especulações sobre como seria a relação dos dois e como o Conselho e a Comissão lidariam com isso. Eles mantiveram boas relações, porém as suas equipes não estavam alinhadas com seus interesses de manter uma boa relação e acabaram envolvidos em algumas disputas (como o caso da ministra Benita Ferrero-Waldner). Por serem disputas que ocorreram no período de grandes desigualdades e transformações políticas e burocráticas que lidavam com a CFSP, ficaram conhecidas como o período de “Brusselisation” da política externa europeia.
O Conselho Europeu
Composto pelos chefes de estado e governo de 28 Estados-Membros, é o Conselho Europeu que define as orientações e prioridades políticas gerais da UE. O Conselho Europeu toma a maior parte das suas decisões por consenso. Contudo, em determinados casos específicos previstos nos tratados da UE, decide por unanimidade ou por maioria qualificada. As reuniões ocorrem duas vezes a cada seis meses. Uma das críticas ao Conselho Europeu é que este gasta tempo demais em questões que acabam atrapalhando no desenvolvimento de assuntos ligados às estratégias. Herman van Rompuy, após alguns anos preocupado principalmente com a questão financeira, tentou mudar essa visão crítica a respeito do Conselho enfatizando a importância de focar nas alianças