Cap 25 regime cambial e mercado de câmbio no brasil
REGIME CAMBIAL E MERCADO DE CÂMBIO NO BRASIL
Antes do lançamento do plano real (1994), o Brasil adotou um regime de minidesvalorizações cambiais passivas (realização de pequenas desvalorizações periódicas que acompanhavam o ritmo dainflação passada, descontada a inflação externa), com o objetivo de manter estável a taxa de câmbio real de forma a preservar a competividade externa da economia.O emprego da taxa de câmbio como instrumento básico da política de estabilização só viria a ocorrer a partir de 1994.
A política cambial do Plano Real: 1994-98
Com o advento do plano real, a abordagem de metas reais para taxa de câmbio, até então usada como guia para política cambial do governo, foi substituída para abordagem da âncora nominal, que colocava a taxa de câmbio no centro da política anti-inflacionária. Há opções mais rígidas de regras cambiais como a fixação da taxa de câmbio em caráter definitivo e elevações periódicas estáveis, no caso Brasileiro evitou-se alternativas mais rígidas. A política de âncora cambial, a partir de 1996, se cristalizou num sistema de crawling peg ativo , o Banco Central desvaloriza em intervalos curtos a taxa de câmbio nominal independente da inflação passada. A desvinculação da desvalorização e taxa de inflação passada tinha por objetivo romper a indexação de preços e rendimentos.
Com as desvalorizações reais alcançadas, começava-se a corrigir a apreciação real da moeda brasileira ocorrida nos primeiros anos da política de âncora cambial.Em março de 1995 o governo anunciou duas bandas cambiais, uma larga e outra estreita, no entanto, a rigor, a taxa de câmbio continuava a ser fixada pelo Banco Central.O regime cambial de minidesvalorização durou até janeiro de 1999, quando o Banco Central deixou o real flutuar, devido a uma crise de perda de reservas. Desde então o Brasil encontra-se em câmbio flutuante.
O câmbio flutuante no Brasil: 1999 em diante
A introdução do regime de cambio flutuante não foi uma opção