caos clinico
Caso 1 A. B., homem de 34 anos de idade, fisioterapeuta, percebeu uma leve sensação de formigamento no seu pé direito ao levantar-se da mesa certa noite. Ele não deu atenção pensando ter sentado-se de mal jeito. Contudo, no dia seguinte, ao levantar-se, notou que seus pés pareciam inchados, de modo a não sentir o chão com a planta dos pés. Entretanto, ao olhar seus pés, eles não pareciam, de fato, inchados. Procurou assistência médica e nada de anormal foi encontrado. No dia seguinte, contudo, foram encontradas anormalidades ao exame neurológico: diminuição da sensibilidade tátil discriminativa, vibração e posição segmentar com discreto predomínio direito. Nos 3 dias seguintes, as alterações subiram até o abdômen, quase ao nível do umbigo. Subseqüentemente, os sintomas e sinais se estabilizaram e regrediram. Na época, o diagnóstico foi de mielopatia transversa. Posteriormente, houve reincidência de sintomas (novos surtos), e a ressonância magnética da medula revelou lesões desmielinizantes nas colunas dorsais da medula torácica (T10), o que confirmou o diagnóstico definitivo de esclerose múltipla.
Caso 2 M. A., mulher destra de 74 anos de idade, portadora de fibrilação atrial, caiu abruptamente de sua cadeira, ficando impossibilitada de mover seu lado direito. Na emergência onde foi atendida, evidenciou-se uma grande hemiparesia direita associada com hemianopsia homônima direita (amputação de campo visual), impossibilidade de falar e deficiência sensitiva do hemicorpo direito. Os olhos estavam desviados e paralisados conjugadamente para a esquerda. Uma tomografia computadorizada do crânio, realizada 48 horas após o evento, revelou uma extensa lesão isquêmica no hemisfério esquerdo, e o exame cardiológico revelou arritmia cardíaca como causa do AVC embólico da paciente.
Caso 3 S. M., homem destro de 19 anos de idade, caiu numa calçada debatendo-se em convulsões. Quando os paramédicos chegaram, as convulsões já