Canções de protesto
“Você me corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto”.
Pesadelo – M. Tapajós e Paulo C. Pinheiro
A música é um dos tipos de arte mais presentes no dia-a-dia das pessoas, um meio de comunicação e de manifestação cultural popular que cotidianamente produzido, aproxima o indivíduo das relações sociais vigentes, permitindo através de sua audição e análise uma maior compreensão do cotidiano, e das realidades que o cerca, pois como nos alude Napolitano: “A música é a interprete de dilemas nacionais e veículo de utopias sociais; canta o futebol, o amor, a dor, um cantinho e o violão”.
Desde a década de 70 quando o ensino passa por uma série de transformações pedagógicas e as necessidades e possibilidades de se diversificar o ensino tornando-o mais dinâmico e inclusivo é algo evidente, em diferentes áreas do saber, mas, sobretudo no âmbito da História “a música tem se tornado objeto de pesquisa de historiadores [...] e sido utilizada como material didático com certa freqüência nas aulas de História”.
Conforme nos mostram os PCN’s, a música é uma importante fonte e recurso para se conhecer e trabalhar a história, no sentido de que “sempre esteve associada às tradições e às culturas de cada época”, portanto carregada de historicidade. Além do mais, ela expressa em si, a diversidade de pensamentos, o que possibilita através do seu contato o desenvolvimento de competências ligadas à leitura e interpretação de textos, além da formação do censo crítico e socialmente consciente do aluno:
Abre-se aí um campo fértil às realizações interdisciplinares, articulando os conhecimentos de História com aqueles referentes à Língua Portuguesa, à Literatura, à Música e a todas as Artes, em geral. Na perspectiva da educação geral e básica, enquanto etapa final da formação de cidadãos críticos e conscientes, preparados para a vida adulta e a inserção autônoma na sociedade,