Canção Sabiá
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO
ALUNA: ANA PAULA APARECIDA CUNHA
TEORIAS DA HISTÓRIA
Informe de Leitura: Sabiá no III Festival Internacional da Canção: vaia e ocaso da estética bossa novista de Tom Jobim” - Fabio Guilherme Poletto; “Autoritarismo versus liberdade de expressão: o teatro brasileiro dribla a censura com perspicácia” - Sandra C. A. Pelegrini
MARINGÁ
2015
O artigo “Sabiá no III Festival Internacional da Canção: vaia e ocaso da estética bossa novista de Tom Jobim” de Fabio Guilherme Poletto, trata da reconstrução histórica da vaia no decorrer do festival sobre a canção Sabiá, em 1968 no Rio de Janeiro. Promovido pela TV Globo, o festival gerou polêmica, quando a canção Sabiá sai vencedora após a contagem de votos dos jurados, pois a preferência do público era a canção Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré., fato que nos remete a conhecida canção de protesto, em um momento de turbulência política (também econômica e cultural) brasileira. A partir deste momento, gera-se um debate entre diversos campos sobre o ocorrido, jornalistas, músicos, militares e escritores. Ao mesmo tempo em que militares demonstraram seu descontentamento com a canção, considerando-a até subversiva, entende-se que o público a viu como uma oportunidade ao diálogo e o convite, como cita Poletto, para a ação política. A canção de Vandré, e a sua própria posição no cenário da música popular, como resistente ao Regime Militar, faz com que Caminhando seja a preferida do público. Estes mesmos fatos fizeram com que houvessem rumores de interferência externa nos resultados do festival, vinculados com o “medo” dos militares desta possível vitória, fato desmentido pelo responsável do festival. Uma série de personagens também saíram em defesa de Tom Jobim, após o ocorrido, como menciona Poletto: “Para parcela considerável de agentes que se pronunciaram, o