Canulas
A queda de língua representa grande parte dos óbitos em ambiente pré-hospitalar, principalmente em vítimas de trauma. Sabendo disso, cabe ao sistema de saúde e ao profissional envolvido no APH, o incentivo, estudo e aprimoramento das técnicas de permeabilização de vias aéreas superiores.
Um procedimento completamente simples para os tripulantes de ambulâncias, é o uso da Cânula Orofaríngea, conhecida também como cânula de Guedel. O princípio deste recurso é manter mecanicamente abertas as vias aéreas de um paciente que se encontra sem o reflexo do vômito.
Vários tamanhos são encontrados e cabe ao profissional escolher o tamanho adequado a cada paciente. A cânula de Guedel visa manter a língua posicionada anteriormente e deixando-a fora da parede posterior da faringe.
Alguns aspectos devem ser observados no uso desse dispositivo.
Indicações
- Pacientes incapazes de manter vias aéreas pérvias.
- Prevenção de mordedura do tubo TOT em pacientes intubados.
Contra-indicações
- A COF causa reflexo de vômitos seu uso é contra indicado em pacientes reativos à sua inserção ou conscientes.
Procedimento
Mantenha a cabeça e o pescoço do paciente alinhados em posição neutra, abra as vias aéreas com a manobra de tração de mandíbula no trauma; em seguida determine apropriadamente o tamanho ideal da Cânula Orofaríngea (COF) mensurando da rima labial ao lóbulo da orelha da vítima, conforme figura abaixo:
A COF (Cânula Orofaríngea) deverá ser introduzida virada de forma que sua extremidade distal aponte para o topo da cabeça do paciente (a extremidade com a aba fica virada para o lado da cabeça da vítima), ou seja, com a concavidade voltada para cima (ATLS, 2007).
Ao chegar à altura do palato mole, nesse momento, a cânula é submetida a um giro de 180°, e a concavidade é dirigida em sentido caudal e a cânula é deslizada para dentro, sobre a língua. Dessa forma segue-se o contorno anatômico da