Canon biblico
O sentido desta palavra tem diversas aplicações, dentre elas, Escrituras Sagradas, consideradas como regra de fé e prática. A palavra cânon é de origem grega. Empregou-se, nesta acepção pelos primeiros doutores da Igreja, mas a idéia é mais remota. Para que um livro tivesse lugar entre os outros livros da Bíblia, precisava ser canônico; outro livro, sem os requisitos necessários para tal fim, chamava-se não canônico.
A palavra cânon não é mencionada na Bíblia, embora a raiz da qual se deriva apareça em 1Rs 14.15 e Jó 40.21. Originalmente significava "junco" ou "talo" de papiro, capim-limão ou calado. Pelo fato dos juncos serem usados como réguas ou instrumentos para fazer linhas retas, "cânon" passou a significar "medida" ou "haste de medição". O termo cânon foi empregado pela primeira vez como expressão teológica referente às Escrituras, por Atanásio, bispo de Alexandria, na carta pascal às igrejas em que descreveu o conteúdo do Novo Testamento (307 d.C.).
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A Igreja católica reconhece na Bíblia a presença de 73 livros, dos quais 46 pertencem ao AT e 27 ao NT. As Igrejas evangélicas, invés, tem 7 livros em menos no Antigo Testamento, enquanto o Novo Testamento é igual em todas as Igrejas. O elenco dos livros inspirados é chamado, ao menos a partir do século IV d.C., com o nome de “cânon”, uma palavra que nos primeiros séculos do cristianismo significava norma, regra de fé e da verdade, sem uma explicita referência às Escrituras.
O vocábulo “cânon” é um descendente direto, através do grego e do latim, de uma palavra semita que significa “cana”(kaneh em hebraico) . Por ser longa, fina e reta, a cana pode ser usada para medir, como hoje usamos o metro; por isso, a palavra para cana veio a denotar uma vara de medida, depois, por extensão metafórica, uma regra, um padrão, uma norma. Com o tempo