canis
SEXTA, 19 DEZEMBRO 2008
A publicação do manual Espécies de Mamíferos do Mundo, em que os autores D.E Wilson e D. A. M. Reeder sustentam que a diferença genética entre lobos e cães é menor que 0,2%, confirmou o consenso da comunidade científica de que o lobo e o cão são do mesmo gênero e da mesma espécie Canis lupus. Isso significa que o cão doméstico surgiu do lobo e que deste é, no máximo, uma raça ou variedade ou uma subespécie. Por causa disso, o antigo nome científico do cão Canis familiaris, dado por Linaeus em 1758, foi trocado para Canis lupus familiaris.
Lobo cinzento, de onde provavelmente originaram as mais de 800 raças caninas. Atualmente o lobo cinzento é um animal ameaçado de extinção.
As origens do surgimento do cão doméstico baseiam-se em suposições, por se tratar de ocorrências de há milhares de anos atrás. Uma das teorias é a de que os cães domésticos surgiram há 10.000 anos atrás por seleção artificial de filhotes de lobos cinzentos e chacais que viviam em volta dos acampamentos humanos pré-históricos, alimentando-se de restos de alimentos ou carcaças deixadas como resíduos pelos caçadores-colectores. Os seres humanos perceberam que havia certos lobos que se aproximavam mais do que os outros e reconheceram certa utilidade nisso, pois eles davam alarme da presença de outros animais selvagens, como outros lobos ou grandes felinos. Eventualmente, alguns filhotes foram capturados e levados para esses acampamentos humanos, na tentativa de serem criados ou domesticados.
Com o passar do tempo, os animais que, ao atingirem a fase adulta, se mostravam ferozes, não aceitando a presença humana, eram descartados ou impedidos de se acasalar. Deste modo, ao longo do tempo, houve uma seleção de animais dóceis, tolerantes e obedientes ao ser humano, aos quais era permitido o acasalamento e que, quando adultos, eram de grande utilidade, auxiliando na caça e na guarda do acampamento. Isto levou eventualmente à criação