Canhoes
O canhão foi inventado no século XIV pelo monge e alquimista alemão Berthold Schwarz (1310-1384), na cidade de Friburgo, Alemanha. Schwarz utilizou uma mistura de nitrato de sódio, enxofre, pólvora e outros reagentes químicos para testar o poder de explosão de sua criação. Embora a pólvora já fosse conhecida pelos chineses, utilizada não apenas em fogos de artifício, mas também militarmente, esta foi a primeira arma de projéteis para longo alcance já projetada. Ou seja: a invenção do canhão foi a primeira arma-de-fogo já construída da história. A peça de artilharia foi utilizada pela primeira vez em 1334, quando o bispo Nicolau I de Constança mandou defender com ela a cidade de Meersburg. Inicialmente os canhões eram de ferro forjado, pequenos e rústicos, pois a arte de fundir achava-se ainda nos primórdios. Tempos mais tarde passaram a ser fabricados com barras de ferro fundido soldadas e reforçadas com anéis de metal. A sua capacidade de lançamento ainda era diminuta, e empregavam-se por isso projéteis de pedras leves para alcançar maiores distâncias. Nesta época, para aumentar a potência de fogo, os antigos canhões, chamados «órgãos da morte», eram colocados lado a lado, sobre um reparo-plataforma. Podiam assim ser disparados ao mesmo tempo ou separadamente, em sucessão rápida. Os canhões de maneira geral podem ser classificados das seguintes formas:
Canhões alma lisa: Tanto os canhões de navios de guerra como os usados em terra, possuíam almas lisas (o cilindro interior de seus tubos não era raiado) e, por isso, não eram de grande alcance ou precisão. A invenção da pólvora e o uso de roqueiras para lançar pedras, levaram os engenheiros ao desenvolvimento de novas armas capazes de lançar a longa distância os mais variados projéteis. O maior problema enfrentado na fabricação de canhões, foi acertar a têmpera adequada para evitar as frequentes explosões. “Mas