Candomblé

E é com a benção de Olorum, habitante de Orum, o céu dos Orixás, que iniciamos este trabalho. O Candomblé teve seu inicio no século XVI, em várias regiões da África e cultuavam um único Orixá Mestre. É considerada panteísta (pan theo - toda crença em Deus). Possui um Deus Central e abaixo estão os Orixás. Os Orixás são energias da natureza, com um nível altíssimo de divindade, que vivem no plano espiritual, estando abaixo do Olorum, cada qual em sua linha de trabalho, sendo mediadores entre o humano e o espiritual. A origem do nome Candomblé possui dois distintos significados entre os pesquisadores:
Do Candonbé – uma espécie de atabaque usado pelos negros de Angola;
Do Candobindé – que significa “ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa” 1.
As principais regiões africanas que foram as percursoras são a Nação de Ketu, a de Jeje, a de Angola, a do Congo e a de Muxicongo. Suas cerimônias são ritualísticas com muita dança, toques de tambor e os sacrifícios de acordo com a festividade. Os humanos, através do ritmo e entoarem os “pontos”, se conectam a força da entidade de tal forma que este “vem a Terra” e por meio dessa ligação o Orixá pode se manifestar corpóreamente.
Importante ressaltar que nestas regiões era realizado o culto ao Olorum e alguns orixás isolados, cada uma com seu preceito e formas de purificação e iniciação. O Candomblé como temos hoje foi formado numa terra do outro lado do oceano, chamada Brasil.
A Bahia foi a grande porta de entrada dos escravos vindo, principalmente, das regiões de Ketu e Congo, dentre outras. Chegando às senzalas, como cada um tinha sua forma de ritual juntaram todos os conhecimentos, além dos Orixás cultuados em cada tribo. Neste momento, o Candomblé tomou corpo.
Para conduzir os ritos havia um chefe, se fosse homem era nomeado Babalorixá e se fosse mulher Yialorixá. Geralmente eram negros mais antigos, com responsabilidades desde curandeiros à conselheiros.
Devemos lembrar que entre os séculos XVIII