Candombl E Umbanda
As religiões afro-brasileiras em mudança O Candomblé religião brasileira dos orixás e outras divindades africanas que se constituiu na Bahia no século XIX, xangô, em Pernambuco, tambor-de-mina, no Maranhão, e batuque, no Rio Grande do Sul, formavam, até meados do século XX, uma espécie de instituição de resistência cultural, eram religiões de preservação do patrimônio étnico dos descendentes dos antigos escravos analisadas por Roger Bastide que, entretanto, já observava a presença de brancos no candomblé, foram lançadas no mercado religioso, o que significa competir com outras religiões na disputa por devotos, espaço e legitimidade. No início do século XX se formava uma nova religião no Rio de Janeiro, a umbanda, síntese dos antigos candomblés banto e de caboclo transplantados da Bahia para o Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o XX, a umbanda prometia ser a única grande religião afro-brasileira destinada a se impor como universal, por excelência, a umbanda juntou o catolicismo branco, a tradição dos orixás da vertente negra, e símbolos, espíritos e rituais de referência indígena, inspirando-se, assim, nas três fontes básicas do Brasil mestiço. O candomblé surgiu como competidor da umbanda se espalhando da Bahia para todo o Brasil, seguindo a trilha já aberta pela vertente umbandista, o candomblé enfatiza a ideia de que a competição na sociedade é bem mais aguda do que se podia pensar, ensina que não há nada a esconder ou reprimir em termos de sentimentos e modos de agir, com relação a si mesmo e com relação aos demais, pois neste mundo podemos ser o que somos, o que gostaríamos de ser e o que os outros gostariam que fôssemos – a um só tempo (PRANDI, 1991 e 1996). Jogo de búzios e os ebós do candomblé rapidamente se popularizaram, concorrendo com a consulta a caboclos e pretos-velhos da umbanda. Em resumo, ao longo do processo de mudanças mais geral que orientou a constituição das religiões dos deuses africanos