Candidatos adotam nomes exóticos para cativar eleitor
Rayder Bragon - Especial para o UOL - Em Belo Horizonte
Valdo Sanduíche, Janu da Combi, Beleza, Álvaro Junior (o Beiço), Loirinho da Pizzaria, Lindomar Já Ouviu Falar, Pingo de Mel, Nego Osvaldo Bilisquete, Cabo Luiz Cadeado, Magal Saque Rápido, Zé Pereba, Vovô do Rock e Tomaz Rola Bosta. Se você achou que a relação acima é do time da pelada de fim de semana pelejada entre solteiros contra casados, enganou-se. Os apelidos listados são exemplos de auto-intitulação adotada por candidatos ao cargo de vereador em Belo Horizonte cujos "nomes de guerra" serão apresentados ao eleitor na campanha deste ano.
A originalidade de alguns candidatos ao escolher os apelidos a serem utilizados na campanha da eleição proporcional não é novidade para Malco Camargos, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Para o estudioso, a intenção de alguns candidatos ao escolher a alcunha chamativa reside no fato de ser uma prática costumeira adotada em pleito eleitoral para vereador.
Candidato a vereador José Barreto Tomaz (PHS) se intitula "Rola Bosta"
"Outros atributos ligados ao verdadeiro nome fica por conta da lógica da competição dos (candidatos ao cargo de) vereadores. Como são muitos candidatos, a probabilidade de o eleitor conhecer pessoalmente o candidato é muito maior do que ele conhecer o candidato a prefeito. Então, eles (candidatos a vereador) tentam criar essa relação de proximidade com o eleitor. Para que o eleitor, na hora que identificar o nome, saiba de imediato quem está falando. Por causa do tempo pequeno que eles têm na televisão e no rádio eles usam esse artifício", explicou. Outra possibilidade apontada por Camargos é a escolha feita por aspirantes ao cargo eletivo que abraçam uma bandeira de parcela determinada da sociedade e fazem dela o estandarte de campanha.
"Às vezes, você tenta assumir uma identidade que irá agradar parte da população. Então,