cancer de pulmao
Atualidades na patologia do câncer de pulmão
Publicado em: 27/12/2011
Por:
Autores
Dr. Leonardo de Abreu Testagrossa
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A classificação do câncer de pulmão por subtipo histopatológico fornece informações importantes sobre o prognóstico e é necessária para o tratamento. Tradicionalmente, tem sido baseada na avaliação de biópsias com colorações de rotina ou em preparações citológicas, mas cada vez mais exames complementares, tais como a imuno-histoquímica, vêm sendo empregados para ajudar os patologistas no diagnóstico dos subtipos histológicos. A classificação da Organização Mundial da Saúde 2004 (OMS) é a base para a categorização do carcinoma de pulmão, mas novas ferramentas estão sendo utilizadas atualmente e prometem alterar e adaptar essa classificação.
Classificação da OMS 2004
A classificação da OMS para o carcinoma de pulmão reconhece os seguintes tipos histológicos e suas principais características:
- Adenocarcinoma (incluindo carcinoma bronquioloalveolar) – Corresponde a cerca de 40% dos casos (figura 1). Sua incidência relativa tem aumentado dramaticamente, enquanto tem havido diminuição correspondente na incidência de outros subtipos. O diagnóstico histológico requer evidência de formação de glândulas neoplásicas ou mucina intracitoplasmática. A detecção de mucina intracelular exige colorações especiais, como Periodic Acid-Schiff (PAS) e Alcien-blue.
Figura 1: Adenocarcinoma de pulmão
- Carcinoma de células escamosas (CEC) – Corresponde atualmente a cerca de 20% dos casos (figura 2). Foi o tipo histológico mais frequente em quase todos os estudos feitos antes de meados dos anos 80 com tumores de pulmão. Atualmente, o adenocarcinoma é o mais comum. O diagnóstico de CEC baseia-se na presença de produção de queratina pelas células tumorais e/ou desmossomos intercelulares, com expressão imuno-histoquímica de citoqueratina 5 e proteína p63. Classicamente, essa neoplasia surge nas porções proximais da árvore