cancer de mama
O câncer é a segunda causa de morte por doença no Brasil, sendo a Região Sul a que apresenta maior incidência. Dentre os cânceres, o câncer de mama é a maior causa de mortes entre as mulheres. Estimativas apontam que, em 2005, seriam descobertos, no Rio Grande do Sul, cerca de 91,43 casos de câncer de mama por 100.000 mulheres(1).
Esse grande número de mulheres com diagnóstico de câncer de mama exige dos profissionais de saúde e, dentre estes, os de enfermagem, valorizar esta problemática, identificando ações de prevenção, educação e cuidado. Não há uma causa única e específica de câncer de mama, mas sim uma série de eventos genéticos, hormonais e, possivelmente, ambientais que podem contribuir para o seu desenvolvimento. Os cânceres de mama podem ocorrer em qualquer parte da mama, mas a maioria surge no quadrante superior externo, onde há maior parte do tecido mamário. Em geral, as lesões são insensíveis, fixas e rijas com bordas irregulares(2).
Por sua vez, as mamas são vistas como símbolo da metamorfose feminina. Assim, o enfrentamento de uma enfermidade nessa parte do corpo feminino impõe a vivência de vários estágios, pois a mulher com suspeita de câncer de mama enfrenta diferentes momentos, que vão desde a expectativa e o medo de estar com a doença e o recebimento do diagnóstico até a procura por serviços que ofereçam condições de reabilitação física, social e emocional, no caso de sua confirmação(3-5).
O diagnóstico de câncer de mama e a possibilidade de mastectomia geram muitas incertezas, medos e ansiedades. Estudos apontam para uma "seqüela psicológica", a qual pode ser mais grave que a própria deformidade deixada pela mastectomia(6). Portanto, sistematizar o conhecimento produzido acerca do cuidado destas mulheres pode contribuir para a instrumentalização de profissionais que atuam nessa área.
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e, sobretudo, pelos seus efeitos psicológicos. A