CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO REVERSOS
Os canais de distribuição diretos ou simplesmente ‘canais de distribuição’, como são conhecidos, são constituídos pelas diversas etapas pelas quais os bens produzidos são comercializados até chegar ao consumidor final. A distribuição física dos bens é a atividade que realiza a movimentação e disponibiliza esses produtos ao consumidor final. É recente a preocupação com relação aos canais de distribuição reversos, ou seja, às etapas, às formas e aos meios em que uma parcela desses produtos, com pouco uso após a venda, com ciclo de vida útil ampliado ou extinto, retorna ao ciclo produtivo ou de negócios, readquirindo valor de diversas naturezas, por meio de seu reaproveitamento. Certamente, o motivo de pouco interesse pelo estudo dos canais de distribuição reversos situa-se em sua desvalorização econômica, quando comparado aos canais de distribuição diretos. Os volumes transacionados nos canais reversos são, em geral, uma fração daqueles dos canais diretos dos bens produzidos, logo, seus valores são baixos. O retorno de produtos de pós-venda, por exemplo, ainda é considerado em alguns setores empresariais um ‘problema’ a ser solucionado, enquanto em outros casos pode transformar-se em oportunidades por meio de novos centros de lucratividade e de acréscimo de valor empresarial. A tecnologia do comércio eletrônico, a velocidade de lançamento de produtos, a busca por competitividade e, principalmente, a conscientização ecológica relativa aos impactos que os produtos provocam no meio ambiente, estão modificando as relações de mercado em geral e justificando crescentemente as preocupações estratégicas das empresas, do governo e da sociedade em relação aos canais de distribuição reversos.
Os canais reversos de reciclagem e de manufatura de alguns materiais e produtos tradicionais são conhecidos há muitos anos, porém os estudos e textos com a organização de seu conhecimento são mais recentes, referenciando-os como tema de