Camões Lirico
Corrente tradicional - Redondilhas
A estrutura mais usual – de inspiração castelhana, e com raízes, ao que parece, no folclore castelhano – consiste na glosa, volta, ou desenvolvimento, de um mote colocado à cabeça da poesia e repetível com refrão. Conforme a maneira de encadear o mote e as voltas, assim se distinguiam diversas formas métricas: vilancete compõe-se de um mote de dois ou três versos e de uma volta de sete, sendo o último a repetição, com ou sem variantes, do verso final do mote; a cantiga, de tom mais grave e convencional, consta de um mote de quatro ou cinco versos e de uma glosa de oito, nove ou dez, com a mesma repetição parcial ou total do mote no final da glosa; outro género corrente oferece, em lugar de uma só volta (ou uma só estrofe de glosa), várias voltas, no final das quais se repete o mote com mais ou menos variantes.
São cultivados outros géneros mais livres, como a esparsa, composição de uma estrofe só que varia entre oito, nove e dez versos, e as composições sem número determinado de estrofes. Este conjunto de formas versificatórias com preferência pelas redondilhas constituiu aquilo que no século XVI se chamará a “medida velha”, contraposta ao “estilo novo”, de inspiração italiana, que virá a ser consagrado entre nós, por Sá de Miranda.
Resumindo:
Formas: Cantigas, vilancetes, esparsas, trovas
Métrica: Medida velha – Redondilhas: menor (5 sílabas métricas) e maior (7 sílabas métricas)
Temas: Amor, saudade, insatisfação, incorrespondência, incompreensão, desconcerto do mundo.
Figuras de estilo / Linguagem: Expressão requintada, jogos de palavras, de conceitos, trocadilhos, metáforas, hipérboles e personificações.
Influências: Cancioneiros trovadorescos; Cancioneiro Geral, Dante e Petrarca (prenúncio do Renascimento).
Corrente Clássica - Sonetos
O soneto é uma forma poética introduzida em Portugal no século XVI, por Sá de Miranda, por influência italiana (Petrarca).
É uma forma fixa de 14