Camões Dramaturgo
A produção teatral Camoniana
Auto de El- Rei Seleuco - 1645
Personagens: Moço, Mordomo (dono da casa),
Martins, Ambrósio, escudeiro, representador, El-Rei
Seleuco, Rainha Estratónica (sua mulher), Antíoco
(príncipe), Leocádio (pajem de Antíoco), Moça,
Porteiro, Alexandre (músico), restantes músicos,
Frolalta (criada da Rainha), físico, Sancho (criado do físico) e Estácio da Fonseca.
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A peça gira em torno do seguinte argumento: o príncipe Antíoco, filho do rei
Seleuco, da Síria , acaba apaixonando-se de tal forma pela rainha, sua madrasta, que por causa desse sentimento avassalador acaba doente.Posto entre a possibilidade de perder o filho ou a mulher, o rei decide entregar-lhe a esposa.
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Nesta peça, e de acordo com Isabel Pascoal, na introdução à sua obra Poesia
Lírica de Luís de Camões, assiste-se a "um predomínio dos aspectos psicológicos e sentimentais, pois omite-se a cedência do reino por Seleuco, insistindo-se apenas na cedência da esposa".
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A peça está enquadrada por um prólogo e um epílogo em prosa, inteiramente desligados do contexto da peça e que descrevem pormenorizadamente o costume de representar autos em pátios de casas particulares lisboetas.
A produção teatral Camoniana
Auto de Filodemo - 1587
Personagens: Filodemo, Vilardo (seu moço),
Dionisa, Solina (sua moça), Venadoro, Monteiro,
Duriano (amigo de Filodemo), Bobo (filho do
Pastor), Florimena (pastora), Dom Lusidardo,
Doloroso (amigo de Vilardo) e três pastores (que aparecem a bailar).
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É uma comédia novelesca e apresenta várias semelhanças com a Comédia de
Rubena, de Gil Vicente, e com a Celestina, de Rojas.
O auto conta a história de um fidalgo português, em viagem pelo reino da
Dinamarca, que se apaixonou pela filha do rei e a engravidou. Obrigado a fugir com ela, foi "apanhado" por um naufrágio na costa de Espanha e morreu. A princesa conseguiu chegar à costa e aí pariu duas crianças: um menino e uma
menina.