Campylobacter spp
INTRODUÇÃO
O gênero Campylobacter compreende inúmeras bactérias patogênicas para o homem, sendo a mais importante delas o Campylobacter jejuni que de acordo com levantamentos estatísticos é responsável por até 90% dos casos de campilobacteriose, enquanto o C. coli não excede 5% dos casos de infecção no homem, embora isto dependa da região considerada. O C. laridis, por sua vez tem sido isolado ocasionalmente dos pacientes. O C. jejuni é uma bactéria comensal do trato gastrointestinal de grande variedade de animais silvestres e domésticos, particularmente os utilizados para a alimentação do homem, como bovinos, caprinos, ovinos, suínos e aves. Dentre estas ultimas destacam-se galinhas, patos, perus e pombos. O C. lari integra a flora intestinal de aves aquáticas, enquanto o C. coli é mais comum em suínos. Os animais de estimação, cães e gatos, também podem ser reservatórios do agente para os seus proprietários, e o risco de transmissão aumenta à medida que o contato torna se mais intimo.
Acredita-se que a ingestão de 500 a 800 células bacterianas seja suficiente para causar a doença.
A bactéria adere à mucosa da porção terminal do intestino delgado, íleo, próximo à junção com o cólon, multiplica-se e produz uma enterotoxina citotóxica, provocando diarréia aquosa profusa semelhante à da cólera. Quando a invasão ocorre no intestino grosso, cólon e reto, a diarréia pode ser sanguinolenta. A grande maioria das cepas de C. jejuni e C. coli, provenientes de material animal ou humano, produz citotoxina, a qual pode ser responsável pelas lesões hemorrágicas da mucosa intestinal.
PRINCIPAIS FONTES ENVOLVIDAS NA PROLIFERAÇÃO DO MICROORGANISMO SEJA ALIMENTAR OU NÃO
O leite cru ou insuficientemente pasteurizado é o alimento apontado com mais freqüência como responsável por surtos de campilobacteriose. O mesmo se aplica para os produtos derivados. A contaminação do leite pode ser de origem fecal, devido a problemas com a higiene da ordenha, ou