Campo magnético
Paciente havia sofrido acidente de carro e estava em estado vegetativo.
Um homem de 26 anos, que havia entrado em coma depois de sofrer um acidente de carro teve uma melhora significativa em seu estado de saúde graças a um tratamento com estimulação eletromagnética, segundo reportagem publicada nesta semana na revista New Scientist.
Josh Villa foi jogado para fora do carro no acidente, e passou quase um ano em estado vegetativo, com poucos sinais de melhoria. "Ele abria os olhos, mas não respondia a nenhum estímulo externo", disse à revista a médica Theresa Pape, responsável pelo tratamento.
O paciente ia ser mandado de volta para casa, onde ficaria sob os cuidados da mãe, quando a médica do Departamento Americano de Assuntos para Veteranos decidiu inscrevê-lo em um estudo relacionado ao tratamento eletromagnético.
O estudo previa a colocação de uma espiral metálica que emite pulsos eletromagnéticos na cabeça para estimular o tecido cerebral.
A técnica, chamada de Estimulação Transcranial Magnética (TMS, na sigla em inglês), vinha sendo investigada como forma de tratamento para enxaquecas, derrames, Mal de Parkinsons e depressão, com alguns resultados promissores.
Mas esta foi a primeira vez em que ela foi usada em um paciente em estado de coma.
Excitação das células
Os campos magnéticos criados pela espiral podem excitar ou inibir as células do cérebro, fazendo com que seja mais fácil ou mais difícil que elas comuniquem entre si - no caso deste paciente, a técnica foi usada para estimular as células do córtex pré-frontal do lado direito do cérebro.
Segundo Pape, esta área tem fortes conexões com o tronco cerebral, que envia sinais para o resto do cérebro para que "fique em alerta". "É como se fosse um sinal dizendo 'ok, estou acordado'", disse a médica à New Scientist.
Depois de 15 sessões do tratamento, Villa passou a olhar para quem falava com ele, o que foi