“Campo de estudo do movimento humano” a educação física em busca da identidade acadêmica*
A EDUCAÇÃO FÍSICA EM BUSCA DA IDENTIDADE ACADÊMICA*
Alberto Reinaldo Reppold Filho
Escola de Educação Física – UFRGS
O texto apresenta argumentos que apóiam a justificação de um campo de estudo do movimento humano e discutir se eles são satisfatórios para solucionar o problema da identidade acadêmica da Educação Física. O texto está dividido em três seções: a primeira apresenta o desenvolvimento histórico da busca pela justificação acadêmica no Reino Unido; a segunda trata dos conceitos de formas de conhecimento e campos de conhecimento; a terceira examina os argumentos para a justificação de um campo de estudo do movimento humano.
Em sala, abordamos vários fatores para justificar um campo de estudo para a Educação Física. Primeiramente, procuramos entender na perspectiva Britânica, onde os cursos eram orientados para a formação de professores para o ensino escolar, poucas pessoas viam a Educação Física como uma formação de nível superior, então, ela fazia parte dos cursos com o objetivo de organizar atividades físicas e recreativas para os estudantes.
A Universidade de Birmighan era a única que oferecia diploma no curso superior de Educação Física escolar, porque apareceu nos departamentos em que os estudos na área eram aceitos pela universidade.
Para Redfern, o primeiro passo era reconhecer que o termo Educação Física não era apropriado para uma disciplina acadêmica, porque dava a impressão que lidava somente com a educação do físico. A autora reconhece que caracterizar a área como Educação do Movimento tinha aumentado sua respeitabilidade, entretanto, considera a expressão educação física permanecia sem significado, uma vez que a educação é sempre através dos sentidos. A palavra educação implica estudos relacionados às demandas profissionais da escola e não de uma área de conhecimento que sustentava por si mesma. Podemos destacar então, que a Educação Física, não é campo de conhecimento, porque não produzimos