caminhos para o conhecimento do ser
Antes de nos aventurar a demonstrar o que em nosso entendimento é fundamental naquilo que é colocado por Heidegger no segundo capítulo de sua introdução a “SER e TEMPO”, necessário se faz descrever o que foi apreendido nos parágrafos iniciais dessa introdução, uma vez que essa compreensão se coloca como pré-requisito essencial para formação de uma base lógica que possibilitará uma explicitação acerca do entendimento dos parágrafos 5,6 e 7. Segundo Heidegger existe a “Necessidade de uma repetição explicita do ser” pag. 27, uma vez que a questão do ser, entendida como sentido do ser, foi esquecida. Esse esquecimento se deu pelo emudecimento como tema de investigação. Recuperar a questão do ser, reexaminando de maneira suficiente a colocação dessa questão (o que é ser e o seu sentido) torna-se imprescindível para seguir adiante no tema. A estrutura desse novo questionamento tem na figura de um ente privilegiado, capaz de compreender o sentido do ser, esse sente que é o homem, que possui em seu ser a possibilidade de questionar. Este é o SER-AÍ, Presença, “onde o ser é sempre o ser de um ente” pag. 35, mas esse ente não é apenas um ente que se relaciona com outros.
entes, ele tem o privilégio de se relacionar com seu próprio ser no mundo além de compreendê-lo. Diz-se que o Ser-aí é um ente determinado em seu próprio ser a partir de sua existência, existência essa compreendida como modo de ser do homem no mundo com possibilidades, constituídas em um mundo sendo. Feito esses esclarecimentos, entendemos ainda que o autor traça uma necessidade de cumprir uma dupla tarefa para uma elaboração da questão do ser. A primeira trata da realização de uma análise do modo de ser do Ser-aí, pois é preciso encontrar de forma explicita o modo de se aproximar desse ente já que ele tem a primazia na compreensão do sentido do ser. Para isso se faz necessário obter respostas